Desenvolvida pela Pirelli, tecnologia Seal Inside não exige nenhuma adaptação na roda ou condição especial no carro.
As ruas e estradas brasileiras ainda são um desafio para o motorista que quer chegar ao fim do percurso com o veículo totalmente intacto. Com tantos buracos e imperfeições na pista, o que não faltam são pessoas paradas no acostamento tentando trocar o pneu furado.
A Pirelli criou uma tecnologia capaz de evitar que 85% das perfurações esvaziem o pneu, aumentando a segurança no trânsito. O sistema Seal Inside impede que o componente perca pressão após ser perfurado com objetos de até 4 milímetros, um diferencial que tem conquistado muita gente.
Fábio Magliano, gerente de Produto da Pirelli para a América Latina, explica que o item pode até sofrer várias perfurações simultâneas e o condutor nem mesmo saberá que há algo errado. Segundo ele, a tecnologia de mobilidade estendida foi criada para permitir que o usuário continue rodando sem problemas.
O pneu Seal Inside leva um composto de vedação na parte interna, que sela a banda de rodagem quando há perfuração por objetos de até quatro milímetros de diâmetro e evita a perda de pressão. “Quando um prego ou outro objeto perfura a banda de rodagem, ele chega nesse mousse, que adere ao prego e evita a perda de pressão. Se o prego sai do pneu, a pressão interna empurra o mousse junto, vedando o furo”, detalha o executivo.
Os veículos com pneus Seal Inside não exigem o uso de rodas especiais, o que significa que o produto pode equipar modelos que não saíram de fábrica com ele. No caso dos pneus do tipo Run Flat, que rodam mesmo com zero de pressão, é necessário ter rodas específicas.
Além disso, o Run Flat nem sempre pode ser reparado após um furo. Já os da Pirelli suportam várias perfurações, embora a eficiência do sistema de selagem possa ficar comprometida quando um furo está muito próximo a outro.
Uma diferença da novidade em relação aos modelos tradicionais é o preço: um pneu Scorpion Seal Inside custa a partir de R$ 798,95 no site da marca, valor mais alto do que um componente comum de primeira linha na mesma medida. Fora isso, o produto pouco se difere dos demais.
“Ele não tem nenhuma mudança de comportamento por rigidez da estrutura ou por qualquer outro efeito”, completa Magliano.