A 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) encerrou, no início da tarde desta quarta-feira, o segundo dia do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros sete réus. A sessão foi dedicada às sustentações das defesas, e a fase de votos começará na próxima semana.
Falaram hoje os advogados de Jair Bolsonaro, Augusto Heleno, Walter Braga Netto e Paulo Sérgio Nogueira. A defesa de Bolsonaro afirmou que “não há uma única prova” que o ligue à tentativa de golpe e criticou o peso dado à delação de Mauro Cid.
Os representantes de Braga Netto atacaram a colaboração premiada do ex-ajudante de ordens e disseram que o acordo é viciado, tratando o relato como “narrativa”. Já os patronos de Paulo Sérgio Nogueira sustentaram que o general se opôs a medidas de exceção.
Na véspera, o relator Alexandre de Moraes abrira o julgamento com a leitura do relatório e um pronunciamento em que reforçou que a Corte julgará com imparcialidade e “ignorar[a] pressões internas ou externas”. Em seguida, o procurador-geral Paulo Gonet defendeu a condenação do chamado “núcleo 1”.
Segundo a denúncia da PGR, os réus respondem por cinco crimes: organização criminosa armada; tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado; e deterioração de patrimônio tombado.
Próximas sessões — O cronograma divulgado prevê retomada dos trabalhos nos dias 9, 10 e 12 de setembro, em turnos de manhã e tarde, com início da votação pelo relator. A 1ª Turma é composta por Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin (presidente), Cármen Lúcia, Luiz Fux e Flávio Dino.
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