O setor de previdência privada aberta entrou no vermelho e acumulou perdas de R$ 31,6 bilhões entre janeiro e setembro de 2025, de acordo com dados da Anbima. Há apenas um ano, o cenário era o inverso: o saldo era positivo em R$ 32 bilhões. A reversão brusca ocorre após a decisão do governo federal de aumentar o IOF sobre aportes de maior valor, atingindo diretamente investidores de alta renda.
A nova taxação passou a incidir sobre aplicações acima de R$ 300 mil em 2025 e de R$ 600 mil em 2026. O efeito foi imediato. A escalada do imposto desestimulou investidores e provocou uma onda de resgates, resultando em saques recordes de R$ 27,3 bilhões apenas entre junho e setembro.
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Gestoras e seguradoras agora tentam redesenhar suas estratégias, mirando sobretudo o varejo e planos corporativos para reduzir o impacto. No entanto, o setor admite que não há como compensar integralmente os efeitos da medida adotada pelo governo. O resultado é uma crise que expõe como o aumento da carga tributária vem corroendo a confiança do mercado e reduzindo o apelo de um dos principais instrumentos de poupança de longo prazo do país.
A situação evidencia ainda a mudança de comportamento do investidor brasileiro, que reage à política arrecadatória do governo Lula com maior cautela e apetite reduzido para produtos de longo prazo. Para economistas, a escalada tributária coloca em risco o desenvolvimento da previdência privada e afasta recursos que poderiam ser direcionados ao financiamento produtivo da economia.
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