Os senadores do Distrito Federal, Izalci Lucas (PSDB), Leila Barros (Cidadania) e Reguffe (Podemos) estão entre os menos transparentes da Casa Legislativa. É o que aponta o ranking do Radar do Congresso, promovido pelo site Congresso em Foco.
Atualizado neste mês, o ranking mostra que os três parlamentares têm nota 1 de transparência, no ranking de 0 a 5. O senador com mais alto nível de transparência é Oriovisto Guimarães (Podemos-PR), com nota 5.
Segundo o Congresso em Foco, o trabalho leva em conta 11 indicadores de transparência digital e começou a ser feito em 2020. O indicador leva em conta informações como se o parlamentar divulga sua agenda de compromissos, se justifica gastos cobertos pela cota parlamentar, se publica o nome dos servidores lotados e a remuneração deles e também se possuem sites e redes sociais e as mantém ativas.
No caso de Izalci Lucas, o site ainda mostra que o senador responde a quatro processos, todos por peculato.
Outro fator mostrado é o nível de alinhamento com o governo nas votações. Neste caso, o ranking de governismo ficou assim: Izalci (89%), Leila Barros (70%) e Reguffe (67%).
A assessoria da senadora Leila Barros entrou em contato com a redação do DFMobilidade e solicitou que publicassemos uma nota explicando sua posição sobre o tema.
Nota da senadora Leila Barros
A transparência sempre foi regra do mandato da senadora Leila Barros. Entre os critérios estabelecidos para pontuação do Radar do Congresso, há questões que, aparentemente, não foram levadas em consideração pelos organizadores. É o caso da publicidade para o uso das cotas de passagem aérea, de contratação de consultorias e de divulgação do mandato parlamentar. Essas cotas compõem a chamada verba indenizatória, recursos que a senadora Leila jamais utilizou desde o início do mandato em fevereiro de 2019. A economia destes recursos já soma mais de R$ 1 milhão. Informamos ainda que já estabelecemos contato com o Congresso em Foco, organizador do Radar do Congresso, solicitando a reavaliação do nosso mandato.
Por fim, informamos ainda que a senadora Leila é autora de projetos para ampliar a transparência no uso de recursos públicos e incentivar a economia dos recursos destinados ao funcionamento dos gabinetes parlamentares. O PLP 6/2020 visa tornar obrigatória a divulgação de informações como autor da emenda, programa onde o recurso foi aplicado, data de liberação e pagamento, dentre outros dados. Já o PRS 61/2019 determina que os recursos poupados da verba indenizatória poderão ser utilizados pelos senadores como emendas parlamentares individuais nas áreas da saúde, educação e assistência Social.
O ranking e os critérios podem ser vistos no site do Congresso em Foco [https://radar.congressoemfoco.com.br/transparencia/senado]
Fonte: Política061
