Uma revisão realizada no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal, o CadÚnico, retirou 1,7 milhão de famílias unipessoais – compostas por um só integrante – do grupo de beneficiários do Programa Bolsa Família. O corte teria sido aplicado em pessoas que recebiam o benefício de maneira irregular por fazerem parte de um núcleo familiar maior do que o presente no cadastro.
Atualmente, não há restrições no Bolsa Família a quem mora sozinho, mas é proibido informar que faz parte de uma família unipessoal e dividir a casa com o restante da família.
Segundo os dados do governo, o número de famílias unipessoais entre os beneficiários do Bolsa Família em dezembro de 2022, na época chamado de Auxílio Brasil, era de 5,88 milhões. Já em dezembro do ano passado, esse número tinha caído para 4,15 milhões. O programa social encerrou o ano passado com um total de 21,06 milhões de famílias atendidas.
O processo de averiguação cadastral teria detectado, ao todo, cerca de 17 milhões de cadastros desatualizados ou inconsistentes. Além das pessoas que se declaravam como família unipessoal, mas na verdade faziam parte de núcleos familiares maiores, também havia beneficiários já falecidos ou com renda acima das regras de elegibilidade do programa.
*PN