A crise política apertou ainda mais o cerco sobre Alexandre Ramagem. Em decisão dura e imediata, o ministro Alexandre de Moraes determinou a perda do mandato de deputado federal, a cassação do cargo de delegado da Polícia Federal e a suspensão dos direitos políticos do parlamentar. A medida, que atinge simultaneamente três pilares da vida pública de Ramagem, já provoca reação no Congresso e expõe novamente o clima de tensão entre Legislativo e Judiciário.
A decisão segue o entendimento de abuso de poder e violações funcionais atribuídas ao deputado, consolidando um pacote de punições que o retira da vida pública por completo — um movimento raro, amplo e politicamente explosivo. Nos bastidores, aliados classificam a medida como “punitivista” e veem no gesto de Moraes um recado direto ao grupo político que orbitava o ex-presidente Jair Bolsonaro.
O efeito imediato no Congresso é de instabilidade. Deputados da oposição acusam o Supremo de interferência direta no equilíbrio entre os poderes, enquanto governistas evitam confronto aberto, mas admitem que a decisão aumenta o desgaste do governo Lula, já pressionado por desconfiança institucional e críticas internas.
Ramagem, por sua vez, deve recorrer, mas o impacto político já está dado: perde poder, perde voz e perde a estrutura que o sustentava. A cassação do cargo de delegado agrava o cenário, bloqueando inclusive qualquer retorno à Polícia Federal — onde sua trajetória sempre esteve cercada por polêmica.
O caso promete novos capítulos, mas um ponto é inegável: Moraes não apenas apertou o cerco — ele redesenhou o tabuleiro.
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