Ramagem denuncia “perseguição política” e liga ofensiva judicial a projeto contra facções

Foto: reprodução
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O ex-diretor da Polícia Federal e deputado federal Alexandre Ramagem rompeu o silêncio após deixar o Brasil e afirmou, em entrevista, que a ofensiva judicial contra ele e contra o ex-presidente Jair Bolsonaro representa “a conclusão de uma perseguição política sem precedentes no país”. Segundo Ramagem, o episódio simboliza “a destruição do direito e a tentativa de neutralizar um movimento político inteiro”.

Ramagem descreveu o que chama de um sistema organizado para arruinar reputações e eliminar adversários. Ele classificou o ambiente institucional brasileiro como “patrimonialista”, dominado por “oligarquias vinculadas ao narco-estado”, e sustentou que sua própria atuação o colocou na mira de grupos que, segundo ele, operam para desestabilizar e intimidar opositores.

O deputado afirma ser alvo justamente por conhecer os bastidores do governo Bolsonaro e por ter denunciado práticas que, em sua visão, visam destruir não apenas figuras públicas, mas estruturas inteiras da administração pública. “Tudo o que eles fizeram foi destruição de reputação, destruição da administração e manipulação de vínculos”, declarou.

Entre os principais pontos de tensão, Ramagem relaciona a escalada de medidas judiciais ao projeto que equipara facções criminosas ao terrorismo — uma pauta que encontrou forte resistência de setores políticos alinhados à esquerda. Segundo ele, o endurecimento penal toca diretamente em interesses de organizações criminosas vinculadas ao tráfico e à milícia. “Essas facções estão lá para derrubar. Está tudo vinculado”, afirmou.

Ao justificar sua saída do país, Ramagem disse ter concluído que sua prisão era “questão de tempo”, apesar de reafirmar que não cometeu nenhum crime. O parlamentar foi categórico: “Eu não ia ficar no Brasil vendo minhas filhas, me vendo ser preso sem ter cometido crime algum. Eu sofri diante de uma ditadura.”

Paralelamente, segundo interlocutores, a Polícia Federal estaria avaliando incluir o nome do deputado na lista vermelha da Interpol, o que ampliaria o alcance internacional de um eventual pedido de prisão — embora não haja confirmação oficial desse procedimento.

As falas de Ramagem intensificam o clima de embate político e jurídico que já vinha se tornando marca do cenário nacional. Ele reafirma que não pretende se calar e que continuará denunciando o que considera um “processo de perseguição sistemática”.

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