Proprietários de Haval H6 lançam campanha “cordinha não” para exigir solução definitiva do travamento do plugue de recarga

Foto: Divulgação/GWM
Foto: Divulgação/GWM

Proprietários do Haval H6 PHEV, segundo híbrido mais vendido do Brasil, iniciaram nesta semana a campanha “Cordinha Não” para pressionar a GWM Brasil a corrigir de forma definitiva a falha que trava o plugue de recarga em carregadores lentos (AC), um problema associado a uma atualização de software feita em outubro de 2024.

De acordo com relatos obtidos pela Quatro Rodas, o travamento ocorre sempre que a bateria não alcança 100% e só pode ser removido por meio de programação de recarga futura na central multimídia ou acionando o cordão de contingência — um procedimento de emergência que expõe usuários a riscos de danos ao sistema de carregamento e a possíveis lesões físicas.

O bancário Bruno Faria, de 37 anos, reuniu mais de 300 apoiadores em um site dedicado à campanha e protocolou pedido de providências junto ao Procon/DF em 11 de abril. Além disso, em 13 de abril, encaminhou manifestação ao Senatran solicitando recall imediato, conforme cronologia publicada no portal da campanha “Cordinha Não”.

Segundo depoimentos publicados no site da iniciativa, proprietários relatam cortes nas mãos e manchas nas roupas ao recorrer ao método emergencial, além da inexistência de comando direto para interromper a recarga no aplicativo My GWM ou no sistema multimídia — funcionalidades que, segundo relatos, só estariam disponíveis em modelos como o GWM Tank 300.

Em nota oficial, a GWM Brasil reconheceu os relatos de dificuldade e orientou que o desligamento da recarga seja feito via painel multimídia, aplicativo My GWM ou carregador wallbox fornecido com o veículo, afirmando também que o uso do cordão de contingência deve ficar restrito a situações excepcionais e que trabalha em uma solução mais adequada às expectativas dos clientes.

O episódio expõe a fragilidade da infraestrutura de recarga no Brasil, que conta com cerca de 1.500 estações públicas e privadas, com concentração em grandes centros urbanos, e tem previsão de atingir 10.000 eletropostos até o final de 2025, de acordo com levantamento da EkkoGreen.

Proprietários aguardam agora uma resposta concreta da GWM Brasil e recomendam aos futuros compradores de eletrificados que considerem a disponibilidade de serviços de assistência técnica e de recarga antes da aquisição de seus veículos.

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