Os três principais partidos de orientação centrista no âmbito do Congresso Nacional encontram-se atualmente em negociações discretas para estabelecer uma “super-federação”, visando substancialmente fortalecer a influência do denominado “centrão”. Esta aliança encontra-se em fase de articulação por dirigentes dos partidos Progressistas (PP), União Brasil e Republicanos, estando sua formalização prevista para um anúncio em breve.
A proposta surgida em 2021, voltou a ser discutida entre o presidente nacional do PP, o senador Ciro Nogueira (PI), e o líder do Republicanos, deputado Marcos Pereira (SP)
A mencionada super-federação surge com uma representação parlamentar composta por 150 deputados (União, 59; PP, 50; e Republicanos, 41) e 17 senadores (União, 7; PP, 6; e Republicanos, 4).
Outro aspecto relevante é a considerável capacidade financeira dessa coalizão, que geriu um fundo eleitoral robusto no montante de R$ 1,369 bilhão em 2022, distribuído entre os partidos: PP, R$ 344,7 milhões; União, R$ 782,5 milhões; e Republicanos, R$ 242,2 milhões.
A estruturação dessa aliança, um conceito relativamente recente, proporciona a oportunidade para que os partidos atuem de forma conjunta não apenas durante o período eleitoral, mas também ao longo da legislatura subsequente, comprometendo-se por um período mínimo de quatro anos.
Importa destacar que, apesar da atuação unificada como uma bancada única no parlamento, os partidos que compõem a federação manterão sua autonomia financeira.