Petrobrás: Greve Nacional dos Trabalhadores começa por tempo indeterminado

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Trabalhadores do Sistema Petrobras deflagraram nesta segunda-feira (15 de dezembro) uma greve por tempo indeterminado que atinge unidades da estatal em todo o país, em um movimento considerado um dos mais significativos dos últimos anos no setor petroleiro brasileiro. A paralisação começou à zero hora, após a rejeição da contraproposta da companhia nas negociações do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), considerada insuficiente pelas entidades sindicais.

Segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e sindicatos filiados, o movimento teve forte adesão já nas primeiras horas, com a entrega da operação de plataformas nas bases do Espírito Santo e do Norte Fluminense às equipes de contingência, além da paralisação de turnos em refinarias como Regap (Betim/MG), Replan (Paulínia/SP) e Reduc (Duque de Caxias/RJ).

A greve ocorre após mais de três meses de negociações sem consenso. Os trabalhadores denunciam que a última contraproposta da Petrobras — que prevê reajuste salarial com ganho real de apenas 0,5% — não responde às demandas centrais da categoria, que incluem solução definitiva para os Planos de Equacionamento de Déficit (PEDs) da Petros, impacto direto na renda de aposentados e pensionistas, e melhorias no plano de cargos e salários.

Para os sindicalistas, a proposta também representa um retrocesso em direitos e uma divisão injusta dos resultados da estatal, que nos primeiros meses de 2025 distribuiu bilhões em dividendos aos acionistas enquanto apresenta condições consideradas “provocatórias” para seus empregados.

A mobilização agrega 14 sindicatos da FUP e outros da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), envolvendo dezenas de milhares de trabalhadores que operam desde plataformas marítimas até unidades terrestres. A participação desses sindicatos representa uma grande parcela da extração de petróleo nacional e de refinarias estratégicas para o abastecimento interno.

Reações oficiais e contingências
Em nota, a Petrobras disse respeitar o direito à greve e afirmou que adotou medidas de contingência para garantir a continuidade das operações essenciais, sem impacto imediato na produção de petróleo e derivados ou no abastecimento ao mercado. A estatal também declarou manter canal permanente de diálogo com as entidades sindicais, apesar do impasse atual.

A greve representa um novo capítulo nas relações trabalhistas de uma das maiores empresas estatais brasileiras e pode ter implicações tanto na economia quanto nas negociações políticas em curso no país. Negociações devem seguir nas próximas semanas, com possibilidade de ampliação dos efeitos da paralisação caso não haja avanço nas propostas apresentadas pelos trabalhadores.

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