O Ipec informou, neste domingo, 21, que 42% dos brasileiros consideram a gestão do governo Lula “ruim” ou “péssima” na saúde e segurança pública. Conforme a pesquisa, inflação e desemprego influenciaram nas respostas negativas.
Entre as oito áreas de gestão avaliadas, apenas a educação recebeu avaliação positiva.
A segurança pública enfrentou uma crise de imagem em virtude da fuga de dois presos da Penitenciária Federal de Mossoró, que só foram recapturados depois de 51 dias. A avaliação se repete no Ministério da Saúde, liderado pela socióloga Nísia Trindade, que tem enfrentado críticas pelo descontrole da epidemia de dengue.
A educação obteve o melhor resultado, com 38% considerando os resultados como bons ou ótimos, contra 31% que os avaliam como ruins ou péssimos. 28% classificam os esforços do governo federal como regulares nesta área.
Quanto ao controle dos preços, 46% dos entrevistados consideram a abordagem do governo Lula como ruim ou péssima, enquanto apenas 23% a consideram boa ou ótima, e 28% a avaliam como regular.
Ainda de acordo com a pesquisa, os preços dos alimentos, juntamente com as despesas de consumo, são os que mais preocupam a população. Para 79% dos entrevistados, o custo dos alimentos aumentou nos últimos meses, enquanto 76% afirmam que as contas de água, luz ou gás também subiram.
Além disso, há uma percepção generalizada de aumento nos preços de combustíveis e aluguéis. A visão negativa sobre a tendência dos preços tem impactos práticos.
Segundo o Ipec, 89% dos brasileiros afirmam que agora pesquisam mais os preços antes de comprar, e 61% dizem ter adiado planos mais caros nos últimos meses. Dois terços (69%) também relatam ter trocado produtos que costumavam comprar por outros mais baratos.
