Ex-candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PRTB, o empresário Pablo Marçal respondeu, por escrito, à intimação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Por ora, não se sabe o conteúdo da resposta, em virtude de o processo estar sob sigilo.
Um dia antes do primeiro turno da eleição municipal, Moraes deu 24 horas para Marçal esclarecer por que usou o X, mesmo a rede social estando suspensa no país, por ordem do STF.
A Polícia Federal (PF) tem monitorado a rede social a fim de informar Moraes para aplicar punições a quem estiver usando-a, a exemplo da multa de R$ 50 mil. “A PF identificou intensa atividade de Marçal nos últimos dias a partir de 2 de outubro de 2024”, observou Moraes no despacho, ao citar relatório da corporação. “Na madrugada e na manhã deste dia, 5 de outubro de 2024, foram postados diversos vídeos de uma corrida em campanha eleitoral. A PF narra, ainda, que às 5h50, do dia 5 de outubro de 2024, o perfil publicou um vídeo no qual consta a notificação de retirada de uma postagem na rede social Instagram, cujo título da postagem é ‘tá aqui a prova sobre o Boules’.”
Ainda na peça, Moraes viu a atuação de Marçal no X como um exemplo de “casos extremados” de uso da big tech.
“Ressalta-se que o uso sistemático deste perfil na data de hoje, bem como nos dias anteriores, se amolda à hipótese de monitoramento de casos extremados, em que usuários utilizam subterfúgios para acessar e publicar na plataforma X, de forma sistemática e indevida, com a finalidade de propagar desinformação em relação às eleições de 2024, com discurso de ódio e antidemocráticos, conforme manifestação da Procuradoria-Geral da República”, observou Moraes, no despacho.