O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), esteve reunido nesta segunda-feira com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para prestar esclarecimentos sobre a megaoperação realizada nos complexos do Alemão e da Penha no fim de outubro, considerada a mais letal da história recente do estado. O encontro ocorreu após determinação da Corte para que o governo estadual explicasse o planejamento, a execução e o monitoramento da ação policial.
Durante a reunião, Castro afirmou que a operação seguiu “rigorosamente as diretrizes constitucionais” e respeitou as condicionantes estabelecidas pela ADPF 635, que orienta o emprego das forças de segurança em comunidades do Rio. Segundo o governador, cerca de 2.500 agentes foram mobilizados com o objetivo de desmontar estruturas do Comando Vermelho, resultando na prisão de 99 pessoas e na apreensão de fuzis, munições e cerca de duas toneladas de maconha.
O governo também sustentou que foram utilizadas câmeras corporais e registradores audiovisuais, embora tenha reconhecido, no documento entregue ao STF, a existência de “falhas técnicas pontuais”, que, segundo Castro, teriam sido comunicadas à empresa responsável pelo equipamento. Moraes questionou justamente esse ponto, reforçando que a ADPF 635 exige transparência e registros completos para eventual auditoria independente.
A operação deixou 121 mortos, número que motivou organizações de direitos humanos e entidades civis a pedirem acompanhamento do caso pelo STF. Moraes sinalizou que o tribunal continuará monitorando as ações e solicitou novos relatórios com detalhamento técnico das apreensões, perícias e protocolos de atuação.
Castro reiterou que o Estado “não se furtará ao diálogo institucional”, mas defendeu que a letalidade decorreu da “resistência armada de grupos criminosos fortemente equipados”. O STF ainda poderá solicitar depoimentos adicionais e ampliar o acompanhamento da política de segurança no Rio.
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