Mais de R$ 8,1 bilhões foram bloqueados pela Justiça, após a Operação Decurio ser deflagrada pela Polícia Civil em 15 cidades do estado de São Paulo nessa terça-feira (6/8). Um dos principais alvos da operação mantém uma empresa em Mogi das Cruzes, na região metropolitana da capital. O empresário estaria atuando em um projeto de tentativa de tomada de poder por parte do Primeiro Comando da Capital (PCC).
De acordo com a polícia, durante as investigações, foi identificado um projeto de infiltração de integrantes da facção nas eleições municipais, lançando candidatos aos cargos em disputa. Os nomes dos candidatos não foram revelados para, segundo a polícia, não atrapalhar o processo eleitoral. No entanto, caso sejam eleitos, os investigados não poderão assumir os cargos.
Até o momento, 13 pessoas foram presas no cumprimento de 20 mandados de prisão temporária e 60 de busca. Além disso, 20 celulares, sete veículos, três armas de fogo, R$ 25 mil e US$ 4,6 mil, bem como diversos relógios de luxo foram apreendidos.
A ação foi conduzida pela Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise) de Mogi das Cruzes. O objetivo, segundo a polícia, é desmantelar a organização criminosa especializada no tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e outros crimes, como a infiltração de integrantes da facção em cargos públicos.
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As investigações se iniciaram após a prisão de uma mulher responsável por guardar drogas na região de Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo. Os policiais descobriram que ela é esposa de um líder da facção criminosa e servia como meio de comunicação entre os integrantes presos com os que continuam nas ruas.
Até o momento, ao menos uma servidora municipal foi identificada como membro do alto escalão do grupo criminoso.
Aproximadamente 400 policiais atuaram nessa operação nas cidades de São Paulo, Mogi das Cruzes, Ferraz de Vasconcelos, Itaquaquecetuba, Guarulhos, Santo André, São Caetano do Sul, Mauá, Santos, Praia Grande, Mongaguá, Ubatuba, São José dos Campos, Sorocaba e Campinas.