O Brasil nas mãos do centrão: ideologia é só para enganar otário

Foto: Agência Brasil
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A eleição de Davi Alcolumbre para a presidência do Senado e de Hugo Mota para a Câmara escancara o óbvio: quem realmente manda no Brasil é o centrão. Você, que se identifica com a direita ou a esquerda, que se apega ao embate ideológico, precisa entender que, no jogo do poder, isso pouco importa. O centrão, pragmático e sem compromissos com princípios, valores ou moralidade, segue o vento que melhor lhe convém para garantir seus próprios interesses. São eles que controlam os rumos do país.

Alcolumbre já avisou que não vai pautar anistia, classificando o tema como uma questão ideológica. E impeachment de Alexandre de Moraes? Nem pensar. O de Lula, então, sequer entra na conversa. O único cenário que poderia mudar esse quadro seria uma mobilização massiva da população, com milhões de pessoas nas ruas. E quem deveria liderar essa reação? As lideranças políticas da direita, que até agora não deram mostras de enfrentar a tirania do Supremo, a mesma que garantiu Lula no poder.

O Brasil enfrenta um desastre duplo: a opressão do Judiciário e o descalabro do Governo Federal, que está afundando a economia. A única variável que pode gerar mudanças seria uma queda vertiginosa na popularidade de Lula. Mas mesmo assim, os mesmos políticos que hoje se dizem oposição foram os que, no passado, articularam apoio a Alcolumbre e Hugo Mota, apostando que em 2026 ou 2027, com uma nova configuração no Senado, o jogo poderia virar. Estão jogando a longo prazo, esperando por uma oportunidade que pode nunca chegar.

Enquanto isso, os presos políticos seguem esquecidos. Tem gente morrendo na cadeia. Uma mulher foi condenada a 17 anos simplesmente porque pintou uma estátua da Justiça Federal. Mães, pais, trabalhadores sendo perseguidos, presos, censurados, enquanto os políticos fazem seus cálculos frios e tratam tudo como um grande tabuleiro de xadrez.

Nada vai mudar sem uma mobilização gigantesca da população. Mas essa reação não vai partir das lideranças políticas de direita. Elas estão mais preocupadas com a própria sobrevivência do que com aqueles que estão sendo perseguidos, censurados ou mortos por esse regime autoritário que se instaurou no país.

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