Em 17 de maio de 2025, o ex-juiz e ex-ministro Sérgio Moro publicou em sua conta no X (antigo Twitter) uma lista que chamou de “verdades inconvenientes” sobre o escândalo de fraude no INSS, acusando diretamente o governo Lula de omissão e impunidade. Em sua mensagem, Moro afirma que “ninguém está preso no escândalo do roubo dos aposentados e pensionistas do INSS” e sugere que o atual Executivo tem dificuldade em garantir prisões e ressarcimentos aos lesados .
O esquema, investigado pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União (CGU) desde 2023, ficou conhecido como “Operação Sem Desconto” e envolve descontos indevidos que podem ter alcançado R$ 6,3 bilhões em benefícios de aposentados e pensionistas entre 2019 e 2024. Segundo relatório da CGU, essas cobranças ocorreram muitas vezes sem autorização dos beneficiários e contaram com a conivência de associações e sindicatos, destacando-se a negligência do INSS em adotar medidas de controle adequadas .
Na publicação, Moro questiona ainda:
- a inércia do Ministério da Previdência, apesar de ter sido alertado sobre as fraudes desde junho de 2023;
- indícios de subornos para facilitar o esquema;
- a origem das denúncias, que teriam partido da imprensa e não de iniciativa governamental;
- o envolvimento de entidades próximas ao PT, incluindo associações dirigidas por familiares de aliados do presidente.
Em resposta à crise, o ministro da Previdência, Wolney Queiroz, afirmou no Senado que o governo federal montou um plano de ressarcimento em duas etapas, com início em maio de 2025, e estuda o uso de verbas bloqueadas e do orçamento da Previdência para restituir os valores descontados irregularmente. Segundo ele, “a prioridade é garantir que cada beneficiário lesado receba integralmente o que foi retirado” .
Por sua vez, a CGU anunciou a abertura de processos de responsabilização na esfera administrativa e anticorrupção contra as entidades envolvidas, além de procedimentos disciplinares contra servidores públicos. Em coletiva realizada em 24 de abril de 2025, o ministro Vinícius de Carvalho ressaltou que “a partir de agora, nenhum aposentado terá descontos associativos automáticos na folha” e prometeu rigor na fiscalização .
Moro encerra a mensagem com um desafio ao eleitorado: “Em qual mandato presidencial do Lula houve mais corrupção? 1) Lula I, com o mensalão; 2) Lula II, com o assalto da Petrobras; ou 3) Lula III, com o roubo dos aposentados e pensionistas do INSS?”, convidando os seguidores a responderem e reforçando o clima de questionamento sobre a gestão atual .
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