Em decisão nesta segunda-feira (25/7), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogou por mais cinco dias a prisão temporária do influenciador digital e personal trainer Ivan Rejane Fonte Boa Pinto, também conhecido como Ivan Papo Reto. O homem de 46 anos foi detido na última sexta-feira (22/7) e levado para a Penitenciária Nelson Hungria, em Minais Gerais, em razão de um vídeo em que fez ameaças aos ministros do STF, ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e partidos de oposição.
A determinação de Moraes atende a pedidos da Polícia Federal (PF) e da Procuradoria-Geral da República (PGR). Como justificativa para a solicitação, a PF disse que os documentos e mídias apreendidos ainda estão sendo analisados e que a “liberdade do custodiado neste momento poderá ensejar sérios prejuízos à investigação”. O magistrado, por sua vez, afirmou entender a “pertinência da medida”.
“Entendo, portanto, a pertinência da medida, imprescindível para que a autoridade policial avance na análise do material apreendido e na elucidação das infrações penais atribuídas à associação criminosa em toda a sua extensão; bem como analise se há nas informações contidas nos bens e documentos recolhidos elementos que possam ensejar a realização de novas atividades investigativas, além de mitigar as oportunidades de reações indevidas e impedir a articulação com eventuais outros integrantes da associação, que obstruam ou prejudiquem a investigação, conforme também salientado pela Procuradoria-Geral da República” assinalou Moraes em sua decisão.
Filiado ao antigo PSL, hoje intitulado União Brasil, Ivan Pinto foi candidato a vereador da capital mineira em 2020, mas não chegou a se eleger.
No vídeo enquadrado pelas autoridades, Ivan declara que a direita caçaria ministros do STF, Lula e outros políticos de esquerda, como a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e o candidato ao governo do Rio de Janeiro, Marcelo Freixo (PSB), e afirma que eles deveriam reforçar sua segurança armada nas ruas. Disse também para os ministros da Corte saírem do Brasil, porque eles seriam pendurados “de cabeça para baixo”.
O conteúdo chegou ao conhecimento do gabinete de Moraes, que determinou seu encaminhamento ao delegado Fábio Alvares Shor, da Polícia Federal, para adotar as diligências que entendesse cabíveis. Por entender que esse tipo de conduta “possui risco de gerar ações violentas”, a PF solicitou sua prisão temporária, a busca e a apreensão e o bloqueio das redes sociais.
Com informações do Pleno News
