O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes estipulou, nesta sexta-feira (28), o prazo de 48 horas para que a Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (DF) informe se recomenda a transferência do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do DF Anderson Torres para um hospital penitenciário.
A determinação de Moraes ocorreu depois que a defesa de Torres atribuiu “lapsos de memória” como desculpa para a entrega de senhas erradas do celular e do armazenamento em nuvem. Os dados são importantes para a investigação da Polícia Federal que apura os ataques às sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro.
“Tendo em vista o atual estado mental do requerente, com lapsos frequentes de memória e dificuldade cognitiva, a confirmação da validade das senhas, na hodierna conjuntura, revela-se sobremaneira dificultosa”.
A defesa há tempos ressalta a gravidade do quadro psíquico do ex-ministro. No último pedido de liberdade, rejeitado pelo ministro Luís Roberto Barroso, os advogados chegaram a citar que a manutenção da prisão de Torres representa risco de suicídio, já que ele afirma estar “desanimado com a manutenção de sua vida”.
Ainda segundo a defesa de Anderson Torres, o delegado da PF apresenta crises de ansiedade, fala palavras sem nexo.
O ex-secretário de Segurança do Distrito Federal, Anderson Torres, permanece preso no 4º Batalhão da Polícia Militar do DF, na região administrativa do Guará. Anderson Torres está preso há 104 dias. Ele foi detido no dia 14 de janeiro, quando desembarcou no Aeroporto JK.
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