Em 30 de julho de 2025, o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos impôs sanções financeiras contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, acusando-o de violações de direitos humanos, como detenções arbitrárias e censura, com base no Global Magnitsky Human Rights Accountability Act. Na mesma data, o presidente Donald Trump assinou um decreto que estabelece uma sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros importados pelos EUA, alegando retaliação ao que chamou de “caça às bruxas” contra seu aliado Jair Bolsonaro .
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou as medidas norte-americanas como “inaceitável interferência” na Justiça brasileira e convocou reunião de emergência no Palácio do Planalto para traçar uma estratégia de resposta diplomática e comercial. “Hoje é um dia sagrado da soberania brasileira”, afirmou o chefe do Executivo durante cerimônia no Planalto, destacando a necessidade de defender a independência das instituições nacionais .
Em nota oficial, o Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) apontou que a sanção configura a “maior crise em 200 anos” nas relações bilaterais e indicou que não haverá disposição para negociação diante de ações consideradas agressivas e injustificadas. Fontes diplomáticas afirmam que o Brasil vai registrar formalmente protesto na Organização Mundial do Comércio (OMC) e avaliar eventuais medidas de retaliação econômica .
Ministro do STF desde março de 2017, Alexandre de Moraes, 56 anos, ganhou notoriedade por conduzir investigações contra fake news e ordenar prisões preventivas relacionadas aos ataques de 8 de janeiro de 2023, além de determinar bloqueios de contas em redes sociais em operações contra desinformação .
O governo brasileiro estuda, além do recurso na OMC, a adoção de tarifas recíprocas a produtos norte-americanos e a revisão de incentivos concedidos a empresas dos EUA no país, em busca de equilibrar forças na disputa comercial .
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