Em pronunciamento realizado nesta quarta-feira durante o evento “Combustível do futuro chegou: E30 e B15”, no Ministério de Minas e Energia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou claro que cabe exclusivamente a ele a decisão final sobre as diretrizes do Executivo. “No meu governo, ministro não decide o que faz, ministro decide o que vai apresentar para mim. Quem decide se vai fazer ou não sou eu, ouvindo muitas outras pessoas” .
A fala ocorreu no mesmo dia em que o governo oficializou o aumento do percentual de mistura de etanol anidro na gasolina de 27% para 30% (E30) e de biodiesel no diesel de 14% para 15% (B15), iniciativa apresentada como parte da transição para fontes de energia mais sustentáveis .
A declaração também se deu em meio à pressão do Congresso para aprovar o projeto de decreto legislativo (PDL) que anula o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), originalmente proposto pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. No mesmo discurso, Lula elogiou o desempenho de Haddad à frente da pasta, mas ressaltou que as decisões fiscais dependem de sua chancela final .
A ênfase na autoridade presidencial reacende o debate sobre a autonomia dos ministérios e a capacidade de atuação dos auxiliares diretos do governo, sobretudo em votações sensíveis no Congresso Nacional.
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