A sessão desta quinta-feira (4/12) da CPMI do INSS escancarou um movimento de proteção política que irritou parte dos parlamentares e expôs as tensões internas da comissão. As convocações do advogado-geral da União e indicado ao STF, Jorge Messias, de Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, da empresária Leila Pereira e de dirigentes do Santander, C6 e PicPay foram rejeitadas, apesar de pedidos insistentes de oposição e independentes.
A decisão ocorre no momento em que a CPMI intensifica a apuração sobre os descontos indevidos aplicados a aposentados e pensionistas, um esquema que movimentou bilhões e levou a Polícia Federal a deflagrar a Operação Sem Desconto. Mesmo assim, figuras centrais permaneceram fora da lista de depoentes, o que gerou críticas de que a cúpula governista estaria atuando para limitar o alcance das investigações.
Em contrapartida, a comissão aprovou a convocação de Daniel Vorcaro, ex-controlador do extinto Banco Master, e do governador de Minas Gerais, Romeu Zema. Ambos devem explicar possíveis conexões institucionais e comerciais com entidades envolvidas no escândalo, incluindo suspeitas de conivência ou omissão no monitoramento de operações com aposentados.
A CPMI já aprovou mais de 300 requerimentos, incluindo quebras de sigilos e pedidos de informação a diversos órgãos. A expectativa é que os próximos depoimentos definam se a comissão avançará sobre os núcleos mais sensíveis do caso ou se seguirá limitada por acordos políticos que têm marcado as votações.
A próxima sessão está prevista para a semana que vem, quando novos requerimentos podem ser analisados — e a blindagem a aliados do governo federal seguirá como o principal teste de credibilidade da CPMI.
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