Lula se irrita com evento esvaziado para industriais e cancela evento seguinte

Reprodução das redes sociais
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Na manhã desta quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) demonstrou insatisfação com a baixa adesão de representantes da indústria em um evento no Palácio do Planalto, o que o levou a cancelar compromissos subsequentes.

A cerimônia, que tinha como objetivo celebrar um ano de investimentos na indústria de defesa, contou com a presença de ministros e chefes das Forças Armadas. No entanto, a participação de membros da iniciativa privada foi aquém do esperado, resultando em mais de dez cadeiras vazias na mesa disposta em formato de “U” no Salão Oeste do Planalto. Diante disso, o cerimonial precisou reposicionar os presentes para aproximá-los do presidente.

Segundo fontes do governo, a situação desagradou Lula, que optou por não discursar no evento. No momento destinado à sua fala, ele sinalizou a um auxiliar que não se pronunciaria, encerrando a cerimônia sem seu discurso final. A Secretaria de Comunicação (Secom) informou posteriormente que o discurso não estava previsto.

Após o ocorrido, o presidente decidiu cancelar os compromissos seguintes, que incluíam uma reunião com ministros no Planalto e a participação em um evento com jovens cientistas no final da tarde. Oficialmente, a Secom justificou o cancelamento devido às preparações para viagens ao Amapá e ao Pará nos dias seguintes, ressaltando que Lula costuma organizar minuciosamente essas visitas. No entanto, auxiliares indicam que a baixa participação no evento da manhã influenciou na decisão do presidente de suspender a agenda.

Em seguida, Lula se reuniu com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), na Granja do Torto. O encontro, que durou cerca de uma hora, teve como pauta investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no estado, incluindo o projeto do túnel Santos-Guarujá, no litoral paulista, com aportes da União e do governo estadual.

Aliados do governo apontam que o evento no Planalto carecia de um propósito claro. Embora tenha sido uma demonstração de apoio ao ministro José Múcio e às Forças Armadas, destacando a previsão de quase R$ 113 bilhões em investimentos na indústria de defesa durante a gestão, não houve anúncios significativos.

Além disso, membros do governo observam que, ao entrar no terceiro ano de mandato, Lula esperava um relacionamento mais sólido com a iniciativa privada e a população em geral. Contudo, pesquisas de opinião indicam o contrário, contribuindo para um clima de tensão.

O ministro da Secom, Sidônio Palmeira, tem buscado reduzir o número de eventos presenciais do presidente, sugerindo um foco maior em ações voltadas ao público nacional, como entrevistas e vídeos para circulação online, e menos em cerimônias em Brasília. O episódio desta manhã pode reforçar essa estratégia.

Até o momento, não há informações específicas sobre os motivos que levaram à ausência dos empresários convidados para o evento. O governo não se pronunciou oficialmente sobre o assunto.

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