O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou atrás e tentou remendar a declaração em que relativizou a responsabilidade de traficantes pelo avanço das drogas no país. Após a repercussão negativa, Lula publicou uma nota nas redes sociais afirmando que foi “mal interpretado” e que mantém posição firme contra o crime organizado. O discurso, porém, não apagou a má impressão causada pela fala que recebeu críticas de especialistas em segurança e de parlamentares da oposição.
O recuo expõe a dificuldade do governo em lidar com o tema e reforça a desconexão entre a retórica presidencial e a realidade das ruas, onde facções seguem ditando regras e desafiando o poder público. Ao tentar contornar o desgaste político com justificativas genéricas, o Planalto mostra mais preocupação com narrativa do que com resultados concretos no combate ao tráfico.
Enquanto o governo federal patina em declarações e ajustes de discurso, o aumento da violência segue gerando insegurança em todo o país. Para críticos, não basta remendar frases: o Brasil precisa de ações claras, objetivos sólidos e resultados efetivos — e não de recuos tardios.
Por: Hamilton Silva é jornalista e editor-chefe do DFMobilidade
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