Em nota oficial divulgada nesta quarta-feira (7), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva repudiou a determinação do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para que se “deixe Jair Bolsonaro em paz”.
Trump publicou na manhã de hoje, em sua conta na Truth Social, que o julgamento do ex-chefe de Estado brasileiro configuraria uma “witch hunt” e que “o único julgamento que deveria ocorrer é pelas urnas — LEAVE BOLSONARO ALONE!” .
Na manifestação oficial, Lula enfatizou que “a defesa da democracia no Brasil é um tema que compete aos brasileiros” e reafirmou: “Somos um país soberano. Não aceitamos interferência ou tutela de quem quer que seja. Possuímos instituições sólidas e independentes. Ninguém está acima da lei. Sobretudo, os que atentam contra a liberdade e o estado de direito.”
O pronunciamento ocorre em meio ao processo que tramita no Supremo Tribunal Federal contra Bolsonaro e outros acusados de conspirar para alterar o resultado das eleições de 2022 por meio de ação militar e suspensão de direitos civis. O ex-presidente nega as acusações, mas a petição do STF já recebeu análise preliminar em março.
Para analistas políticos, a resposta direta ao líder americano reforça duas tradições fundamentais da diplomacia brasileira: a não intervenção em assuntos internos e a defesa inequívoca da autonomia das instituições nacionais. Além disso, a resposta de Lula busca preservar o princípio de que eventuais condenações judiciais devem decorrer exclusivamente do devido processo legal interno, sem pressões ou orientações de atores externos.
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