O nome de Jorge Messias ganhou força ao longo desta semana após os votos de Cristiano Zanin que desagradaram à esquerda e à base ideológica do PT
Em conversa com aliados, o presidente Lula tem sinalizado que vai indicar o ministro da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, para a cadeira de Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal.
O nome de Jorge Messias ganhou força ao longo desta semana após os votos de Cristiano Zanin que desagradaram à esquerda. O primeiro indicado de Lula votou contra a descriminalização do porte de drogas para uso pessoal e contra a equiparação dos atos contra a honra de pessoas LGBTQIA+ ao crime de injúria racial.
Lula tem dito a aliados que, para a segunda indicação ao cargo de ministro de STF, ele manterá os critérios que ele adotou na escolha de Zanin: o ministeriável precisa ser alguém de confiança, contra a Lava Jato e de perfil “garantista”.
A esses fundamentos, Lula quer incorporar a fidelidade ao PT. Messias é filiado ao partido e considerado um homem extremamente fiel aos princípios do partido.
O principal concorrente de “Bessias” nesta vaga ao STF é o presidente do TCU, Bruno Dantas. A sua indicação é endossada pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL). Aliados de Lula, no entanto, ponderam que ao indicar Dantas para o STF, Lula poderia comprar uma briga com Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara.
E tudo que Lula não quer é brigar com Lira.
Para quem não lembra, Jorge Messias ganhou fama como o portador encarregado por Dilma Rousseff de levar ao quase ministro Lula o termo de posse para escapar da Lava Jato. Até hoje, esse gesto é visto como o sinal de fidelidade de “Bessias” ao PT, a Lula e a Dilma.