Só em abril, o Governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) liberou cerca de R$ 13,7 bilhões em emendas parlamentares a deputados federais e senadores. Lula abriu o cofre em meio a uma tentativa de manter os vetos sobre as emendas e aumentar a articulação no Congresso Nacional.
O valor liberado pelo governo federal representa mais de 98% da reserva feita para esses recursos desde o início do ano, de R$ 13,88 bilhões.
Apenas na terça-feira (30), último dia de abril, foram empenhados R$ 4,9 bilhões em emendas parlamentares (mais de um terço do total).
Comparando com anos anteriores, observa-se uma aceleração significativa nos repasses de emendas parlamentares. No ano passado, até abril, o governo havia autorizado apenas R$ 347 milhões em emendas (R$ 360 milhões, ajustados pela inflação).
Já em 2022, último ano do mandato de Jair Bolsonaro (PL) como presidente, esse montante saltou para R$ 6,11 bilhões no mesmo período (R$ 6,65 bilhões, também ajustados).
No ano de 2021, devido ao atraso na aprovação do orçamento, os empenhos foram limitados e não houve repasse de emendas parlamentares até abril.
Por outro lado, em 2020, ano das últimas eleições municipais, o volume autorizado atingiu R$ 8,25 bilhões em emendas até abril. Considerando a correção pela inflação, esse valor equivale a R$ 10,55 bilhões.
*GB