O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), disse, nesta segunda-feira (4), que o ato convocado pelo ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) na Avenida Paulista, em 25 de fevereiro, foi a demonstração de que o rival político teme sanções na Justiça pelo 8 de janeiro. Na concepção do petista, Bolsonaro “sabe que pode ser preso” e “está tentando escapar”.
“A verdade nua e crua é que esse cidadão tentou dar um golpe neste país” acusou Lula no discurso de abertura 4ª Conferência Nacional de Cultura, em Brasília.
Após a declaração do presidente, o público do evento entoou um coro de “sem anistia”. Na sequência, o petista seguiu com os ataques ao adversário, dizendo que a manifestação demonstra que o ex-presidente sabe que “fez burrice”.
Também afirmou que o ex-chefe do Executivo deixou o país ao final do mandato, em dezembro de 2022, com “medo” do público que estaria presente na posse do novo governo.
“Eu acho que ele “se borrou” de medo e tentou ir embora para os Estados Unidos. (…) Ele ficou com medo da posse. A posse era a demonstração de que tinha muita gente do outro lado” disparou.
Lula também fez especulações sobre o período em que Bolsonaro se retraiu de aparições públicas após as eleições:
“Quando ele ficou trancado dentro de casa, a gente não sabia se ele estava chorando ou o que ele estava fazendo. Ele estava tentando dar um golpe” reiterou a acusação.
Na mesma segunda, o advogado de Bolsonaro, Fábio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação do governo, rebateu as declarações do presidente Lula.
“Quanto mais o Lula fala do presidente Jair Bolsonaro, mais eu constato que estamos no caminho correto. O desespero transborda” disse ele no X (antigo Twitter).
*PN