Em Brasília — Em meio a especulações sobre sua permanência no Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de 79 anos, declarou a dirigentes da cúpula petista que será candidato à reeleição em 2026. “Vou disputar 2026. E só perco essa eleição para mim mesmo”, afirmou o mandatário durante reunião reservada, descartando qualquer hipótese de abrir mão da disputa .
No Congresso Nacional, parlamentares de centro e de direita chegaram a aventar a possibilidade de que Lula pudesse abdicar da reeleição devido ao desgaste político do governo e à idade avançada do presidente. No entanto, a reafirmação da pré-candidatura reforça a coesão interna do PT em torno de Lula e marca o início oficial da corrida presidencial .
A articulação petista agora volta-se para consolidar alianças regionais e ampliar o apoio nos estados onde o PT atua em coligações. Nos bastidores, assessores avaliam que o discurso de “só perder para si mesmo” visa transmitir confiança ao eleitorado e intimidar potenciais adversários, projetando a imagem de um candidato imbatível no ano eleitoral.
Para o calendário eleitoral, as convenções partidárias deverão ocorrer entre julho e agosto de 2026, com previsão de primeiro turno em 4 de outubro de 2026 e eventual segundo turno em 1º de novembro de 2026. A partir de agora, o PT pretende intensificar a presença de Lula em eventos oficiais e aparições públicas, enquadrando a estratégia de campanha no cumprimento de metas sociais e de infraestrutura pactuadas no atual mandato.
Com o cenário desenhado, a oposição se movimenta para definir nomes competitivos que possam enfrentar o ex-metalúrgico. Entre os mais cotados estão lideranças de centro e de direita, que tentarão explorar possíveis fragilidades do governo, como os desafios econômicos e a inflação acima da meta. Ainda assim, o PT sustenta que o legado dos programas sociais e o engajamento popular de Lula formarão o principal trunfo para assegurar o quarto mandato.
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