O presidente Lula inaugurou a COP30, em Belém, mirando os líderes que não compareceram e os “homens que fazem guerra”, repetindo o mantra de que é “mais barato investir no clima do que em guerras”. A retórica veio embalada pela marca da “COP da Verdade” — e pelo recado de que é hora de impor “nova derrota aos negacionistas”. Faltou explicar por que tanta cadeira vazia.
O discurso revisita a velha dicotomia entre vilões fósseis e salvadores da floresta, mas esbarra no cenário real: adesão abaixo do esperado, problemas logísticos que o próprio governo reconheceu e o constrangimento de abrir a conferência sem a presença de pesos-pesados globais. O palco pode ser verde, mas a plateia não correspondeu ao script.
Entre palavras de ordem e promessas florestais bilionárias, o Planalto tenta equilibrar narrativa ambiental e pragmatismo econômico — enquanto a organização patina em preços salgados e desconfortos que viraram assunto paralelo. Fica a pergunta: a “verdade” da COP30 caberá no teleprompter ou no boletim de resultados?
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