O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) alertou que cortes e bloqueios orçamentários do governo federal podem “impactar o processamento da folha de pagamento” de benefícios. Na prática, o órgão admite que, sem recomposição emergencial, há risco de interrupção ou atraso no processamento — um abalo direto a aposentados, pensionistas e beneficiários do BPC.
Em nota técnica, o INSS pediu três medidas imediatas: reforço de R$ 425 milhões no orçamento, desbloqueio de R$ 142 milhões e antecipação do limite de empenho em mais R$ 217 milhões. A autarquia também aponta que a restrição recente atingiu rubricas essenciais para manter contratos e sistemas que rodam a folha previdenciária.
A gravidade é temporal: o calendário de pagamentos previsto para começar a partir de 27 de outubro pode ser afetado se a recomposição não ocorrer a tempo. A avaliação interna é que a combinação de bloqueios e cortes expõe a operação a risco sistêmico, com efeito cascata sobre atendimento, análise de requerimentos e serviços estratégicos.
O governo afirma que recebeu a demanda e analisa “soluções orçamentárias”. Enquanto isso, o alerta do INSS deixa milhões de famílias em dúvida — e a Previdência, um dos pilares de proteção social do país, na dependência de uma decisão fiscal de curtíssimo prazo.
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