Governo Lula teme reação de senadores ao indicar Messias ao STF

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Indicação provoca desgaste entre Executivo e Senado

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva enfrenta turbulência ao encaminhar ao Senado a nomeação de Jorge Messias para a vaga deixada por Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal (STF). A articulação esbarra na resistência de uma ala do Congresso que defendia o nome do Rodrigo Pacheco (PSD–MG), com forte base entre senadores.

Apesar de o Palácio do Planalto insistir que a indicação de Messias segue sem ameaça real de reprovação, o desgaste cresce. Entre os fatores de tensão estão:
• O fato de que Pacheco contava com apoio interno no Senado, e sua preterição deixou aliados insatisfeitos.
• A postura de Davi Alcolumbre (União Brasil–AP), presidente do Senado e aliado tradicional do governo, que se manifestou com ressalvas e comunicou que o processo será conduzido “no momento oportuno”, sugerindo demora ou obstáculo.
• A avaliação de que a sabatina pode ser acelerada pela oposição ou por senadores contrários, justamente para penalizar o governo ou forçar desgaste político.

Para o governo, o risco é duplo: a votação apertada sinalizaria fragilidade na base aliada e poderia renovar tensões políticas no Congresso. Ao mesmo tempo, adiar demais a sabatina também pode dar campo para que as resistências se articulem com calma. A avaliação política sugere que a estabilidade da aprovação de Messias depende de articulação intensa e concessões ao Senado.

A indicação de Messias, advogado-geral da União, vinha anunciada, mas não sem impactos políticos: a preterição de Pacheco alimentou especulações sobre cálculos eleitorais para 2026 no governo e nas bancadas estaduais, sobretudo em Minas Gerais.

Em síntese: o governo pode até levar o nome adiante, mas está claro que a nomeação virou campo de disputa interna e sinalizador de forças no Congresso — e o Planalto já se movimenta para evitar que o desgaste se transforme em derrota ou voto simbólico de repúdio.

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