O governo federal anunciou esta semana a retomada do transporte ferroviário regional de passageiros com o lançamento de seis novas rotas que prometem substituir o transporte rodoviário e reativar trilhos hoje subutilizados . A iniciativa integra o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), que prevê investimento total de R$ 94 bilhões no setor ferroviário até 2026 .
As seis linhas previstas ligarão capitais e cidades estratégicas:
Recomendamos para você:
- Brasília (DF) a Luziânia (GO)
- Londrina (PR) a Maringá (PR)
- Pelotas (RS) a Rio Grande (RS)
- Salvador (BA) a Feira de Santana (BA)
- Fortaleza (CE) a Sobral (CE)
- São Luís (MA) a Itapecuru Mirim (MA) .
Os projetos serão estruturados por meio de parcerias público-privadas (PPPs), com apresentação oficial dos estudos técnicos prevista para outubro de 2025 . A estratégia prevê o aproveitamento de trechos da malha ferroviária de carga, como a Malha Paulista, o que deve acelerar as obras e reduzir custos iniciais estimados em R$ 600 milhões .
Além de oferecer uma alternativa ao transporte rodoviário, as novas rotas deverão integrar-se a sistemas locais de mobilidade — ônibus, metrôs e VLTs — formando uma malha intermodal mais eficiente e acessível . Estima-se que a reativação gerará empregos na construção de estações, reabilitação de trilhos e aquisição de composições, além de estimular a indústria ferroviária nacional e fomentar o turismo regional .
Atualmente, o Brasil dispõe de apenas duas linhas regulares de passageiros — Vitória–Minas e Carajás, ambas operadas pela Vale —, que atendem um público restrito e estão distantes dos grandes centros metropolitanos . Com a conclusão dos estudos de viabilidade até o final de 2025, o governo espera dar início às licitações ainda neste mesmo ano .
Será que o trem voltará a ocupar o lugar que perdeu nas últimas décadas? A resposta virá com o avanço das negociações e a efetiva liberação dos recursos previstos.
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