Acordo sela fim do risco de greve na aviação às vésperas do Réveillon; categoria aprova proposta após impasse nas negociações
O governo federal anunciou neste domingo (28/12) o desfecho de uma das maiores tensões no setor aéreo brasileiro às vésperas da alta temporada: pilotos e comissários de bordo desistiram de deflagrar greve prevista para janeiro de 2026. O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmou que o impasse foi superado após a aprovação de uma nova Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) pelos aeronautas, garantindo a normalidade dos voos no período festivo e evitando uma paralisação que poderia afetar milhões de passageiros em pleno Réveillon.
A decisão ocorre após intensas negociações mediadas pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) entre o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) e as companhias aéreas — principalmente Azul e Gol — com a proposta finalmente aprovada em votação eletrônica realizada entre sábado e domingo. Segundo o ministro, o acordo “garante a normalidade dos voos e a segurança aos passageiros, fortalecendo ainda mais o turismo de negócios e de lazer”.
A nova convenção inclui reajustes que atendem parte das reivindicações da categoria, como recomposição salarial pelo INPC, ajustes no vale-alimentação e melhorias em outros benefícios. A pauta da negociação também contemplou temas sensíveis como o combate à fadiga dos tripulantes, apontada pelos sindicatos como essencial à segurança operacional.
O acordo foi aprovado com ampla maioria na consulta final: cerca de 65,93% dos votantes aceitaram a proposta, contra 32,77% de rejeições — revertendo o cenário inicial, em que uma votação anterior havia registrado um empate técnico e levado à declaração de estado de greve.
A virada nas assembleias, além de tranquilizar o mercado e os usuários dos serviços aéreos, evita interrupções de voos domésticos e internacionais em um momento de grande movimento nos aeroportos brasileiros, quando milhares de viajantes planejam deslocamentos de fim de ano e início de 2026.
Nos dias que antecederam o acordo, o sindicato chegou a declarar estado de greve, com possibilidade real de paralisação das atividades a partir de 1º de janeiro, caso as negociações não evoluíssem. O risco mobilizou atenção ampla da indústria, de órgãos reguladores e de passageiros, diante da importância crítica do transporte aéreo no calendário de alta temporada.
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