O governo federal destinou R$ 23 milhões para projetos de reforma no Palácio do Planalto e na Residência Oficial do Presidente da República. A quantia, segundo reportagem do O Antagonista, inclui a contratação de equipes de engenharia civil e obras de modernização de infraestrutura interna e externa . O montante integra as despesas discricionárias definidas no decreto de programação orçamentária e financeira da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025, publicado em edição extra do Diário Oficial da União em 30 de abril .
Em 2023, levantamento do jornal O Estado de S. Paulo apontou despesa de R$ 26,8 milhões com reformas, compra de móveis e materiais para palácios e residências oficiais, incluindo o Planalto, o Palácio da Alvorada, a Granja do Torto e o Jaburu . Essa cifra ilustra o histórico de investimentos no patrimônio arquitetônico do Executivo, agora complementado pela alocação deste ano.
Os projetos contemplam intervenções nos sistemas de climatização, adequações de acessibilidade, renovação de instalações elétricas e hidráulicas, além da atualização do mobiliário em áreas públicas e de representação. Conforme o edital de licitação, serão contratados engenheiros civis e empresas especializadas, com fiscalização prevista pelo Tribunal de Contas da União. As obras têm prazo estimado de conclusão para dezembro de 2025 .
Em meio a um cenário de austeridade fiscal, marcado pelo cumprimento da meta de superávit primário de R$ 14,5 bilhões e limites de gastos definidos para 2025, a alocação de recursos em projetos de reforma de palácios oficiais gera questionamentos por parte da oposição e de economistas. Pesquisa Datafolha divulgada em 14 de fevereiro apontou aprovação de 24% ao governo Lula, reflexo da insatisfação de parcelas da sociedade com gastos públicos considerados supérfluos .
Dados disponibilizados no Portal da Transparência, gerido pela Controladoria-Geral da União, confirmam a distribuição dos R$ 23 milhões entre os programas de restauração e modernização do Palácio do Planalto e manutenção da Residência Oficial do Presidente . O acompanhamento da execução financeira será fundamental para avaliar o impacto desses investimentos no patrimônio histórico e na eficiência da máquina pública.
Sobre o autor
Hamilton Silva – jornalista e economista, editor-chefe do portal DFMobilidade.
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