Nesta quarta-feira (26), a Globo chega a 58 anos de fundação, mas parece estar bem distante dos seus melhores dias. Muito além das demissões de nomes consagrados na empresa e dos prejuízos operacionais nos últimos anos, a queda vertiginosa de audiência desde o início do século é um retrato do momento pelo qual o grupo de comunicação passa.
Um levantamento divulgado pelo site Notícias da TV apontou que a Globo registrou uma perda acumulada de 35% na audiência se comparada a média anotada em 2004 ante o índice registrado no ano passado na Grande São Paulo, principal praça de publicidade do país. Há 19 anos, a média da Globo entre as 7h e a meia-noite era de 21,7 pontos, enquanto em 2022 foi de 14,1.
Já a participação da Globo no total de televisores ligados, o chamado share, que era de 50,1% em 2004, fechou o ano passado em 32%. Nos anos 90, quando as métricas de medição de audiência eram diferentes, o share da emissora chegou a bater na casa dos 80%.
Outro índice que ilustra o momento ruim pelo qual o grupo de comunicação passa é o chamado alcance, dado que mede o percentual das residências do país que sintonizam a emissora ao menos uma vez por dia. Em 2004, o alcance da emissora chegou a 88%, ou seja, apenas 12% das casas não ligavam na Globo. Já em 2022, 42% das moradias não passavam pela Globo.
*PN