Na noite desta segunda-feira (16), o ministro Gilmar Mendes, do STF, determinou a soltura de 85 presas que cumprem pena em regime semiaberto na Penitenciária Feminina do Distrito Federal, para dar espaço as mulheres presas no acampamento do QGEX, um dia após a invasão das sedes dos 3 Poderes.
Para pode caber cerca de 400 manifestantes presas e outras que estão sendo investigadas, em virtude dos protestos na Praça dos Três Poderes, no domingo (8), as defensorias públicas do Distrito Federal (DF) e da União pediram ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que outras presas que estejam cumprindo pena em regime semiaberto sejam liberadas para dormirem em casa enquanto as manifestantes ocupem as suas celas em tempo integral.
De acordo com Ronan Figueiredo, coordenador do Núcleo de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, 120 presidiárias no semiaberto passariam a ser monitoradas eletronicamente para dar lugar às manifestantes no presídio.
A Polícia Federal (PF) finalizou os depoimentos dos manifestantes que estavam na frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília. Das 1,8 mil pessoas detidas por supostamente participarem dos atos de vandalismo na Praça dos Três Poderes, mil foram encaminhadas ao complexo penitenciário da Papuda. Outras 684 pessoas, a maioria mulheres, crianças e idosos, foram liberadas por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
Os homens estão sendo encaminhados para o Centro de Detenção Provisória 2, e as mulheres para a Penitenciária Feminina do DF, segundo a Secretaria de Administração Penitenciária do DF.
