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General Estevam Theophilo nega plano golpista e afirma que Bolsonaro apenas se ‘lamentou” sobre eleições

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O Supremo Tribunal Federal liberou, nesta sexta-feira (15), o acesso a depoimentos de oficiais militares e civis suspeitos de articular um golpe de Estado para manter Jair Bolsonaro (PL) na presidência da República e impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva em janeiro de 2023.

Entre os 27 depoimentos que tiveram o sigilo derrubado está o do general Estevam Theophilo Gaspar de Oliveira, então comandante do Comando de Operações Terrestres (Coter), apontado como um dos oficiais que planejava a tentativa de golpe. À Polícia Federal, no entanto, Teophilo negou qualquer articulação para manter Bolsonaro no poder. Em depoimento, afirmou que esteve com Bolsonaro apenas três vezes no Palácio da Alvorada, todas após o segundo turno.

Teophilo afirmou à PF que, no dia 9 de dezembro, se reuniu com Bolsonaro para ‘ouvir lamentações do então Presidente da República sobre o resultado das eleições’ e que ‘apenas ouviu o presidente falando’. Neste dia, ele teria ido à reunião sozinho por ordem de Freire Gomes e repassado ao superior hierárquico o teor da reunião.

O ex-comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes contrariou o depoimento do general Teophilo e afirmou à PF que nunca autorizou o subordinado a se reunir com Bolsonaro, e relatou que só soube do encontro por mensagem do ex-ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid. À PF, Teophilo afirmou que nunca se reuniu com Mauro Cid, e que apenas foi recebido por ele e levado para uma sala de espera no Alvorada.

Conforme o ex-comandante do Coter, a primeira visita ao Alvorada ocorreu com Freire Gomes, em novembro ou dezembro de 2022, para ‘assuntos corriqueiros’. E, a terceira, em 24 de dezembro, véspera de Natal, com os generais Freire Gomes, Negraes e Fernandes para ‘entregar um presente institucional do Exército’ a Bolsonaro.

Estevam Teophilo afirmou não ter tido participação na carta que oficiais divulgaram para pressionar Freire Gomes a aderir a uma tentativa de golpe, mas destacou que ela foi um ‘ato de indisciplina reprovável, quebrando a cadeia hierárquica’, já que é ‘vedada a manifestação política de oficiais da ativa’.

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