fbpx
Pesquisar
Close this search box.

Filho de Santos Cruz está entre alvos da operação da PF sobre a Abin

Brasília - O ex secretário nacional de Segurança Pública, general Carlos Alberto Santos Cruz, durante reunião com secretários de Segurança Pública dos estados (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Brasília - O ex secretário nacional de Segurança Pública, general Carlos Alberto Santos Cruz, durante reunião com secretários de Segurança Pública dos estados (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Caio Cesar dos Santos Cruz é apontado como representante da empresa que vendeu o sistema de geolocalização de dispositivos móveis para a agência de inteligência

Caio Cesar dos Santos Cruz, filho do general da reserva e ex-ministro Carlos Alberto Santos Cruz (foto), foi um dos alvos da operação Última Milha, deflagrada nesta sexta-feira (20) pela Polícia Federal para investigar o uso indevido de sistema de geolocalização de dispositivos móveis por servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Segundo O Globo, ele é apontado como representante da empresa que vendeu o sistema para a Abin e foi alvo de um dos mandados de busca e apreensão expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF.

Ao todo, a PF cumpriu 25 mandados de busca e apreensão e dois de prisão preventiva em quatro estados —São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Goiás— e no Distrito Federal.

Desenvolvido pela Cognyte, o sistema FirstMile foi adquirido pela Abin ainda na gestão Michel Temer por R$ 5,7 milhões, sem licitação. O software oferecia à agência a possibilidade de identificar a localização da área aproximada de aparelhos que utilizam as redes 2G, 3G e 4G.

Os servidores da Abin são investigados por utilizar o sistema secreto de monitoramento para a localização de pessoas entre 2019 e 2021, os três primeiros anos do governo de Jair Bolsonaro, que mantinha uma “central bolsonarista” na agência de inteligência. Como revelou Crusoé em 2020, o ex-diretor-geral da Abin, Alexandre Ramagem, enviava a Flávio Bolsonaro relatórios produzidos clandestinamente pela agência para auxiliar sua defesa no caso da rachadinha na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

Segundo as investigações, os servidores da agência invadiram a rede de telefonia reiteradas vezes, com a utilização de um sistema de geolocalização adquirido com recursos públicos.

Comentários