O governo dos Estados Unidos estuda revogar o visto do general Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, comandante do Exército Brasileiro. A discussão ocorre no contexto de um novo pacote de sanções e restrições a autoridades brasileiras, segundo apuração publicada nesta terça-feira (23). Não há confirmação oficial até o momento por parte do Departamento de Estado ou do Ministério da Defesa.
De acordo com a apuração, a Casa Branca avalia que o general Tomás teria atuado de forma alinhada a decisões do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), hipótese que teria motivado a entrada do seu nome na lista de alvos em análise para medidas adicionais. A inclusão do comandante do Exército, se efetivada, representaria uma escalada inédita nas pressões diplomáticas.
O debate em Washington sobre novos alvos ocorre na esteira de ações recentes: ontem (22), os EUA revogaram o visto do advogado-geral da União, Jorge Messias, e de outros auxiliares do Judiciário brasileiro, e aplicaram sanções sob a Lei Magnitsky a Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro Alexandre de Moraes — iniciativas que elevaram a tensão entre os dois países.
Em resposta, o Itamaraty afirmou que o Brasil “não se curvará” a mais sanções e classificou as medidas como ingerência em assuntos internos. A chancelaria disse acompanhar os desdobramentos e manter canais diplomáticos ativos.
Impacto potencial — Se confirmada, a cassação do visto do comandante do Exército pode afetar missões oficiais, cursos e intercâmbios com instituições militares norte-americanas, além de adicionar ruído a tratativas em curso na cooperação em defesa. Até a publicação deste texto, não havia manifestação pública do Comando do Exército sobre o tema. (Contexto baseado nos fatos e na prática de cooperação bilateral; monitoramento contínuo.)
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