Escândalo no INSS: Polícia Federal prende dois

Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)

A Polícia Federal prendeu nesta terça-feira (17) dois suspeitos e bloqueou R$ 12 milhões em bens de investigados por descontos indevidos em benefícios previdenciários, em nova fase da Operação Sem Desconto. As medidas foram autorizadas pela 3.ª Vara Federal de Sergipe e incluem dois mandados de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão cumpridos nas cidades de Aracaju, Umbaúba e Cristinápolis .

Entre os bens sequestrados constam imóveis rurais e urbanos vinculados aos investigados, entre fazendas e apartamentos, avaliados em aproximadamente R$ 12 milhões. O objetivo das ações é garantir a recomposição do erário e identificar a extensão do esquema que lesou aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) .

A Operação Sem Desconto foi deflagrada em 23 de abril de 2025, com o cumprimento de 211 mandados de busca e apreensão em 13 estados e no Distrito Federal, além de prisões temporárias e apreensão de joias, veículos de luxo e recursos financeiros em espécie. Até o momento, investigações da Controladoria-Geral da União apontam prejuízos de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024, envolvendo 4,1 milhões de beneficiários afetados .

Em nota oficial, a PF declarou:

“A operação busca recuperar bens e avançar nas investigações sobre os descontos indevidos aplicados a benefícios do INSS, com foco na recomposição do erário e na responsabilização dos autores.”

O esquema investigado envolve associações que, sem autorização expressa dos segurados, promoviam descontos mensais para serviços jurídicos e administrativos. Em março de 2024, o INSS revisou as normas de consignação associativa, limitando o desconto a 1% do valor do benefício e exigindo Acordo de Cooperação Técnica com entidades credenciadas, mas fragilidades no sistema continuaram a permitir os desvios até a presente data .

A fase atual deve prosseguir com a análise de documentos apreendidos e o rastreamento de recursos financeiros. Condenações podem resultar em penas de reclusão e multas, dependendo do grau de participação de cada investigado no esquema.


 

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