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Enchentes no RS causaram perda de mais de 200 mil carros

Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

O desastre climático que atingiu o Rio Grande do Sul deixou um verdadeiro cemitério de carros submersos em meio às enchentes. Estima-se que aproximadamente 200 mil veículos tiveram perda total, o que representa um prejuízo financeiro de cerca de R$ 8 bilhões, além de riscos ambientais.

Os dados são provenientes da empresa especialista em consultoria automobilística, Bright Consulting, de acordo com informações do jornal O Globo. Já a Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura gaúcha, afirma não ser possível confirmar a quantidade de automotores afetados, pois “os níveis dos rios ainda estão acima da normalidade e muitos veículos seguem submersos”.

Segundo a Bright Consulting, a frota do estado inclui 2,8 milhões de veículos, e a falta de compradores gaúchos na última semana levou a uma redução de 5,4% nas vendas do mercado nacional.

Em lugares onde a água já abaixou, carros foram encontrados de cabeça para baixo ou escorados em cercas e paredes de casas. Grande parte deles se encontra com o porta-malas aberto. Isso porque automóveis mais recentes possuem travas-elétricas que, quando entram em contato com água, liberam o porta-malas automaticamente, ajudando a impedir que o carro afunde.

Além dos prejuízos financeiros, ambientalistas alertam que, a destinação incorreta dos automóveis pode gerar vazamento de combustível e a corrosão de materiais prejudiciais ao meio ambiente. A Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura afirmou ter publicado normativas com orientações sobre como os municípios devem destinar os resíduos causados pelas enchentes.

De acordo com experiências em catástrofes anteriores, o protocolo a ser seguido em situações como essa é a remoção dos veículos das regiões inundadas utilizando maquinário específico. Esses automóveis devem ser levados até locais onde serão avaliados e terão seus fluidos drenados e devidamente descartados, a fim de evitar a poluição do meio ambiente.

Os veículos ainda devem passar por inspeção a fim de determinar se sofreram perda total, ou poderão ser recuperados. Em casos de perda total, eles são enviados para reciclagem, e têm suas peças úteis removidas.

Outro setor a se levar em conta em meio à tragédia é o de seguros e indenizações. Segundo a Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg), ao menos 8,2 mil veículos acionaram suas seguradoras até a última quinta-feira (23), e as indenizações somam R$ 557 milhões. Entretanto, o Sindicato das Seguradoras do Rio Grande do Sul (Sindsegrs) afirmou ao Globo que está preparado para eventos de grande proporção e que será possível absorver a demanda gaúcha.

 

*PN

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