No dia 24 de julho de 2025, a Embaixada dos Estados Unidos em Brasília publicou em seu perfil oficial no X que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, é o “coração pulsante do complexo de perseguição e censura contra Jair Bolsonaro”, acrescentando que “graças à liderança do presidente Trump e do secretário Rubio, estamos atentos e tomando as providências” .
A declaração original foi feita em inglês pelo subsecretário de Diplomacia Pública e Assuntos Públicos do Departamento de Estado dos EUA, Darren Beattie, e posteriormente traduzida e republicada pela Embaixada em português . Beattie já havia criticado Moraes em 14 de julho, qualificando os “ataques feitos pelo STF contra Bolsonaro” como “vergonha e abaixo da dignidade das tradições democráticas do Brasil” .
Em resposta às medidas cautelares impostas por Moraes, o secretário de Estado americano, Marco Rubio, anunciou em 18 de julho a revogação imediata dos vistos de Alexandre de Moraes, de outros ministros do STF e de familiares, classificando as decisões da Corte como uma “caça de bruxas política” . O Departamento de Estado havia confirmado a revogação em nota oficial, incluindo também o procurador-geral da República, Paulo Gonet .
As medidas de Moraes contra o ex-presidente Jair Bolsonaro incluem a proibição de contato com autoridades estrangeiras, o uso de tornozeleira eletrônica, a restrição ao uso de redes sociais e a proibição de se aproximar de embaixadas, fundamentadas em suspeitas de tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022 e possíveis atentados contra autoridades nacionais .
Este episódio amplia o cenário de tensão diplomática iniciado em abril de 2025, quando o governo Trump impôs tarifas de 50 % sobre produtos brasileiros, com vigência a partir de 1º de agosto de 2025, alegando retaliação ao suposto cerceamento da liberdade de expressão promovido pelo STF “instrumentalizado” por Moraes . Em Brasília, o presidente Lula da Silva qualificou a intervenção americana como “desrespeitosa” e reafirmou a soberania nacional, afirmando que “se quiserem negociar, nós vamos negociar” .
A escalada de provocações entre os dois países deve influenciar as negociações comerciais e diplomáticas nos próximos dias, trazendo incertezas para a economia brasileira e para as relações multilaterais, enquanto a comunidade internacional acompanha atentamente os próximos desdobramentos .
Gostou desta análise? Conecte-se com o DFMobilidade nas redes sociais para receber conteúdos exclusivos e compartilhar sua opinião!
📱 Instagram: https://www.instagram.com/dfmobilidade
📘 Facebook: https://www.facebook.com/dfmobilidade
🔗 Twitter: https://www.twitter.com/dfmobilidade
🔗 LinkedIn: https://www.linkedin.com/company/dfmobilidade