A defesa argumentou que Silva, em situação de rua, estava seguindo uma multidão em direção ao Congresso após almoçar em um restaurante comunitário e acabou cercado por vândalos, mas não participou de atos de vandalismo
A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votou pela absolvição de um dos réus acusados de participação nos eventos de 8 de janeiro do ano passado, quando houve invasão e vandalismo nas sedes dos Três Poderes em Brasília.
O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, juntamente com os ministros Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Flávio Dino, Dias Toffoli e Luís Roberto Barroso, concordaram com a absolvição, seguindo a recomendação da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Geraldo Filipe da Silva, preso em flagrante próximo ao Congresso Nacional naquele dia, foi inicialmente acusado pela PGR de diversos crimes, incluindo tentativa de golpe de Estado e vandalismo. No entanto, após a investigação, a PGR mudou de posição, defendendo a absolvição do réu.
A defesa argumentou que Silva, em situação de rua, estava seguindo uma multidão em direção ao Congresso após almoçar em um restaurante comunitário e acabou cercado por vândalos, mas não participou de atos de vandalismo. O vídeo da prisão mostrou que ele foi agredido e acusado de vandalismo, mas as investigações não comprovaram sua participação em atos violentos.
Na decisão, o ministro Alexandre de Moraes afirmou que não há provas suficientes de que o réu se juntou intencionalmente à massa com o objetivo de tomar o poder ou destruir as instituições.
O caso está sendo julgado no plenário virtual, onde os votos são registrados no sistema do Supremo sem reunião presencial. Os outros ministros têm até as 23h59 desta sexta-feira (15) para votar.
