O dólar comercial recuou 0,48%, encerrando o pregão cotado a R$ 5,5595 na venda, interrompendo uma série de quatro altas consecutivas, enquanto o Ibovespa registrou queda de 0,04%, aos 135.250,10 pontos.
As movimentações refletem o acompanhamento dos investidores às discussões sobre a resposta do governo brasileiro às tarifas anunciadas na semana passada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, além dos dados de inflação norte-americana, que reforçaram as expectativas de corte de juros pelo Federal Reserve em setembro.
O governo dos EUA informou que o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) registrou alta de 0,3% em junho, acima dos 0,1% registrados em maio, elevando a inflação anual para 2,7%, ligeiramente acima dos 2,6% projetados pelos analistas.
No cenário doméstico, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, iniciou reuniões do Comitê Interministerial de Negociação e Contramedidas Econômicas e Comerciais com representantes de setores mais afetados pela tarifa de 50% sobre produtos brasileiros importados pelos EUA.
Paralelamente, a audiência de conciliação entre Executivo e Congresso promovida pelo Supremo Tribunal Federal para discutir as mudanças no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) encerrou sem acordo. A decisão sobre a viabilidade das alterações caberá ao ministro Alexandre de Moraes.
“Continuamos com a novela da tensão comercial. Não sabemos ainda quais vão ser as tarifas para todos os países e a gente acompanha os próximos passos, tentando entender como que essa relação comercial entre EUA e Brasil pode evoluir”, afirmou Leonel Mattos, analista de inteligência de mercado da StoneX.
Na sequência, os agentes permanecem atentos à regulamentação da Lei de Reciprocidade Econômica, publicada no Diário Oficial da União, e à próxima decisão de política monetária do Federal Reserve, prevista para setembro.
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