O dólar comercial encerrou o mês de maio em forte alta, cotado a R$ 5,718, refletindo o aumento das tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China. A escalada do conflito econômico, mais uma vez protagonizada por Donald Trump, acendeu um sinal de alerta nos mercados e impulsionou a busca por ativos considerados mais seguros, como a moeda americana.
Nesta sexta-feira (30/5), o dólar subiu 0,91%. Na máxima do dia, chegou a R$ 5,74. Na véspera, a moeda havia recuado 0,5%. Com o desempenho de hoje, o dólar acumulou alta mensal de 0,72%, apesar da queda de 7,4% no ano.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), também sentiu os efeitos da aversão ao risco nos mercados internacionais. No fim do pregão, o índice recuava 1,02%, aos 137,1 mil pontos. Apesar disso, a Bolsa fechou maio com valorização de 2,57%, sustentando um avanço acumulado de 15,17% em 2025.
No cenário doméstico, o foco do mercado esteve na divulgação do PIB brasileiro referente ao primeiro trimestre de 2025. De acordo com o IBGE, a economia nacional cresceu 1,4% na comparação com o quarto trimestre de 2024. O número veio dentro das expectativas trimestrais, mas ficou abaixo da média das projeções anuais, que apontavam para um crescimento de 3,2%.
O setor agropecuário liderou a expansão, com alta expressiva de 12,2% no trimestre. Os serviços avançaram 0,3%, enquanto a indústria recuou 0,1%, demonstrando estabilidade. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o PIB teve alta de 2,9%, sustentada por resultados positivos na agropecuária (10,2%), indústria (2,4%) e serviços (2,1%).