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Diretores denunciam autoritarismo no IBGE e abandonam Pochmann à própria sorte

Agência Brasil
Agência Brasil

A gestão de Márcio Pochmann à frente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) tem enfrentado críticas crescentes por parte dos servidores, que apontam decisões autoritárias e falta de transparência nas mudanças implementadas. Entre as principais controvérsias estão a criação da Fundação IBGE+, alterações no estatuto do instituto e mudanças no regime de trabalho dos funcionários.

Criação da Fundação IBGE+

Uma das medidas mais contestadas é a criação da Fundação IBGE+, uma entidade de direito privado destinada a apoiar as atividades do instituto. Os servidores alegam que a fundação foi estabelecida sem diálogo com os trabalhadores, gerando preocupações sobre sua finalidade e o impacto na independência técnica e administrativa do IBGE.

Alterações no Estatuto do IBGE

Outra crítica refere-se à reformulação do estatuto do IBGE, que, segundo os funcionários, está sendo conduzida de maneira pouco transparente e sem o necessário debate com os servidores e a sociedade. Eles temem que mudanças no estatuto possam comprometer a governança da instituição e a qualidade dos dados produzidos.

Mudanças no Regime de Trabalho

Os servidores também manifestam insatisfação com as mudanças no regime de trabalho, especialmente a transição do teletrabalho para o modelo híbrido ou presencial, implementada sem consulta prévia. Eles argumentam que a decisão desconsidera as necessidades dos trabalhadores e a eficiência demonstrada durante o período de trabalho remoto.

 

Protestos e Reivindicações

Em resposta às medidas adotadas pela gestão de Pochmann, o Sindicato Nacional dos Trabalhadores em Fundações Públicas Federais de Geografia e Estatística (Assibge) organizou protestos em frente à sede do IBGE, no Rio de Janeiro, exigindo maior diálogo e transparência nas decisões que afetam a instituição. Os servidores pedem a exoneração de Pochmann, alegando que seu comportamento autoritário compromete a autonomia e a missão do IBGE.

 

Resposta da Presidência do IBGE

A presidência do IBGE, por sua vez, afirma que as mudanças estão alinhadas com as diretrizes do Ministério da Gestão e Inovação e que houve tentativas de diálogo com os servidores. Em comunicado, a gestão de Pochmann classificou as acusações de autoritarismo como infundadas e destacou que as alterações no regime de trabalho cumpriram os prazos legais previstos.

A crise no IBGE evidencia um conflito entre a direção do instituto e seus servidores, levantando questões sobre a governança, autonomia e transparência na condução de uma das principais instituições de estatística do país.

 

 

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