O setor público consolidado registrou déficit primário de R$ 14,4 bilhões em novembro de 2025, segundo dados oficiais divulgados pelo Banco Central. O resultado representa mais que o dobro do rombo apurado no mesmo mês de 2024, quando o déficit foi de R$ 6,6 bilhões, evidenciando uma deterioração relevante das contas públicas no período.
O déficit primário ocorre quando as despesas do governo superam as receitas, desconsiderando o pagamento de juros da dívida. Na prática, o número indica dificuldade do setor público em financiar suas próprias despesas correntes, ampliando a pressão sobre o endividamento.
No acumulado de 12 meses até novembro, o déficit primário chegou a R$ 45,5 bilhões, equivalente a 0,36% do Produto Interno Bruto (PIB). Até outubro, o resultado negativo era de R$ 37,7 bilhões, ou 0,30% do PIB, o que mostra uma piora contínua no quadro fiscal ao longo do ano.
Outro dado que reforça o cenário de atenção é a Dívida Líquida do Setor Público, que avançou 0,5 ponto percentual no mês e atingiu 65,2% do PIB. O crescimento da dívida reflete tanto o déficit primário quanto o impacto dos juros e da dinâmica econômica sobre as contas públicas.
Os números divulgados fazem parte das Estatísticas Fiscais e são considerados uma das principais referências para avaliação da saúde financeira do Estado. O desempenho de novembro reforça o desafio do governo em equilibrar receitas e despesas e manter a trajetória da dívida sob controle.
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