A CPMI do INSS colocou a presidente da Crefisa e do Palmeiras, Leila Pereira, no centro das apurações. Requerimentos apresentados pelo deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES) e por outros parlamentares pedem a convocação de Leila para explicar a atuação da instituição financeira em contratos relacionados ao pagamento de benefícios e à oferta de consignados a aposentados e pensionistas. Os pedidos citam denúncias de empréstimos sem autorização, venda casada e dificuldades de renegociação de dívidas.
O caso ganhou força após o próprio INSS suspender, em 21 de agosto, o contrato com a Crefisa — vencedora de 25 dos 26 lotes do pregão de 2024 para pagamento de novos benefícios. A decisão veio na esteira de reclamações formais registradas por Procons, MPF, OAB e pela ouvidoria do órgão, que apontaram atrasos, coação para abertura de contas e falhas estruturais no atendimento.
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Além de Evair, apresentaram requerimentos o senador Marcos Rogério (PL-RO) e o deputado Delegado Fábio Costa (PP-AL). Os parlamentares sustentam que as queixas contra a Crefisa à Secretaria Nacional do Consumidor aumentaram de forma expressiva entre 2024 e 2025 e que a oitiva de Leila é necessária para detalhar critérios, controles internos e responsabilidades sobre eventuais abusos.
No pano de fundo, a CPMI apura descontos associativos e consignados irregulares, com especial atenção à Conafer — entidade citada em investigação da Polícia Federal e já ouvida no colegiado. O capítulo reforça a necessidade de transparência e de fiscalização firme do governo federal nos contratos que afetam diretamente o pagamento de benefícios e a proteção do segurado, sobretudo após um pregão que concentrou a folha em uma instituição que agora está sob questionamento público.
Se confirmada a convocação, Leila Pereira deverá esclarecer por que a Crefisa conquistou quase a totalidade dos lotes, qual a relação com entidades investigadas e quais medidas adotou para coibir práticas consideradas abusivas pela própria administração federal. O desfecho desse depoimento tende a balizar correções de rumo em contratos sensíveis — e a medir o alcance das responsabilidades envolvidas.
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