Na manhã desta quinta-feira (09), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) mandou apreender o passaporte do governador do Acre, Gladson Cameli (PP). Cameli também teve bens bloqueados a mando da Corte.
A Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República (PGR), com apoio da Controladoria Geral da União (CGU) e da Receita Federal (RFB), deflagraram nesta quinta a Operação Ptolomeu III, que apura suspeitas de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo o governo de Cameli.
Ao todo, o STJ determinou a indisponibilidade de R$ 120 milhões. A ordem atinge mansões, apartamentos, carros e até aeronaves.
Segundo a CGU, os alvos da operação praticavam fraudes em contratações públicas no Acre com “com recursos da saúde, da educação e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), relacionadas à execução de obras de infraestrutura e serviços de manutenção predial”.
Cameli foi proibido de se ausentar do país e terá que entregar o passaporte em até 24 horas. Ele também não poderá ter contato com outros investigados no caso.
Mais de 300 policiais cumprem 89 mandados de busca e apreensão nos Estados do Acre, Piauí, Goiás, Paraná, Amazonas e Rondônia, além do DF.
Os agentes também cumprem 21 sequestro de bens, 31 afastamentos de cargo ou função pública, 57 proibições de contato e acesso à órgão público, 57 entregas de passaportes, 70 quebras de sigilo bancário e fiscal e a suspensão da atividade econômica de 15 empresas.