Correios suspendem pagamento por cartão, após banco ser ligado ao PCC

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Os Correios anunciaram que tornou os pagamentos via cartão de crédito e débito indisponíveis por tempo indeterminado, bem suspendeu as postagens por site ou aplicativo. A informação é mais um desdobramento das operações policiais que incluíram a fintech contratada pelos Correios, BK Bank, na lista de instituições financeiras suspeitas servir como banco paralelo da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

A mudança noticiada pela Folha de S. Paulo teria iniciado na quinta-feira (28), em decorrência da suspensão do contrato com a Berlin Finance (atual BK Bank), firmado via licitação realizada pelos Correios em 2021. E também atinge postagens por site ou aplicativo, que também eram operadas pela fintech investigada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público.

“Informamos que, temporariamente, os pagamentos via cartão de crédito e débito estão indisponíveis. Você continua contando com o PIX, que segue ativo e funcionando normalmente em nossas operações”, disseram os Correios, em nota.

A Receita Federal apontou uma movimentação de R$ 46 bilhões não rastreáveis da BK em um esquema criminosos que favorecia o PCC, entre 2020 e 2024.

Segundo os Correios, a indisponibilidade do sistema da BK faz parte do processo administrativo que estaria seguindo o rito formal conforme prazos legais. “Prezando pelo melhor atendimento aos clientes, os Correios estão adotando as providências necessárias para a normalização do serviço no menor prazo possível”, disse a estatal, ontem.

As operações

Agentes da Polícia Federal, das polícias paulistas e dos Ministérios Públicos Federal e do Estado de São Paulo (MPSP) deflagraram as operações Carbono Oculto, Quasar e Tank, na quinta-feira (28), contra um esquema que movimentou bilhões de reais para o PCC.

As operações  cumpriram mais de 400 mandados judiciais, resultou em busca por provas em ao menos oito estados. Mas resultou em apenas seis prisões das 14 determinadas. E evidenciaram que a Receita Federal suspeita de que 268 empresas estariam ligadas à chamada Faria Lima, que representa o centro financeiro do Estado de São Paulo.

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